sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Resenha | Tartarugas Até Lá Embaixo – John Green


Tartarugas até lá embaixo, Intrínseca, 272 páginas,  é o livro mais pessoal do John Green. Com personagens cheios de problemas e donos de uma resiliência incrível – a sua maneira, cada um tenta vencer as próprias batalhas – somos tocados por uma história real e com muitas reflexões sobre primeiro amor, amizade, família e as surpresas que a vida proporciona.


A jornada de Aza e Daisy – melhores amigas, que encontram no sumiço do controverso Russel Picket, a chance de mudar suas vidas – são repletas de emoções. Com passagens pela cultura pop (fanfics de Star Wars) e diversas citações, aos poucos passamos a torcer para que essas heroínas consigam encontrar um final (ou um futuro) feliz.

O ponto alto do livro foi a escrita sensível de Green ao nos deixar imersos nos sentimentos dos personagens. A falta de rumo dos irmãos Picket, nos deixa agradecidos pelas pessoas que temos em nossa vida; a realidade de Daisy, tão próxima do nosso dia a dia, traz inúmeras lembranças; e os espirais de pensamento de Aza, aqui um retrato de grande coragem de Green (o autor foi diagnosticado com TOC ainda na infância), além de deixar o leitor ansioso e em intensa agonia em inúmeras passagens, também serve como um pedido de atenção para a questão dos transtornos mentais, tão presentes no mundo atual.
Tendo como plano de fundo um desaparecimento controverso, como foi em Cidades de PapelGreen nos convida para uma jornada interior, na qual ao nos perder em nós mesmos (re)descobrirmos o que nos torna humanos.


Sinopse:

Aza Holmes não está disposta a sair por aí bancando a detetive para solucionar o mistério do desaparecimento do bilionário Russel Pickett, mas há uma recompensa de cem mil dólares em jogo, e sua melhor amiga, a destemida Daisy, quer muito botar a mão nesse dinheiro. Assim, as duas vão atrás do único contato que têm em comum com o magnata: o filho dele, Davis.

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