Tartarugas
até lá embaixo, Intrínseca, 272 páginas, é o livro mais
pessoal do John Green. Com personagens cheios de problemas e donos
de uma resiliência incrível – a sua maneira, cada um tenta vencer as próprias
batalhas – somos tocados por uma história real e com muitas reflexões sobre
primeiro amor, amizade, família e as surpresas que a vida proporciona.
A
jornada de Aza e Daisy – melhores amigas, que
encontram no sumiço do controverso Russel Picket, a chance de mudar
suas vidas – são repletas de emoções. Com passagens pela cultura pop (fanfics de Star
Wars) e diversas citações, aos poucos passamos a torcer para que essas
heroínas consigam encontrar um final (ou um futuro) feliz.
O
ponto alto do livro foi a escrita sensível de Green ao nos
deixar imersos nos sentimentos dos personagens. A falta de rumo dos
irmãos Picket, nos deixa agradecidos pelas pessoas que temos em
nossa vida; a realidade de Daisy, tão próxima do nosso dia a dia,
traz inúmeras lembranças; e os espirais de pensamento de Aza, aqui
um retrato de grande coragem de Green (o autor foi
diagnosticado com TOC ainda na infância), além de deixar o leitor ansioso e em
intensa agonia em inúmeras passagens, também serve como um pedido de atenção
para a questão dos transtornos mentais, tão presentes no mundo atual.
Tendo
como plano de fundo um desaparecimento controverso, como foi em Cidades
de Papel, Green nos convida para uma jornada interior, na
qual ao nos perder em nós mesmos (re)descobrirmos o que nos torna humanos.
Aza
Holmes não está disposta a sair por aí
bancando a detetive para solucionar o mistério do desaparecimento do
bilionário Russel Pickett, mas há uma recompensa de cem mil dólares
em jogo, e sua melhor amiga, a destemida Daisy, quer muito botar a
mão nesse dinheiro. Assim, as duas vão atrás do único contato que têm em comum
com o magnata: o filho dele, Davis.
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