domingo, 15 de maio de 2022

Resenha | Carrie (Stephen King)


Por Camila Moura

A leitura de Carrie foi a minha primeira experiência lendo Stephen King, além de ter sido o livro de estreia do mestre do terror

E confesso para vocês que foi diferente de todos os autores que eu já tinha lido.

Uma particularidade que chamou muita minha atenção foi a forma que o livro foi escrito.

Ele vai alternando entre narrativa, depoimentos e recortes de reportagens que falam sobre a trágica noite do baile.

Isso torna a história muito real e vai nos dando arrepios.

E como eu nunca tinha visto o filme, foi tudo muito novo e fantástico.

Amei conhecer a jovem Carrie que tem poderes telecinéticos e passou a vida sofrendo bullying dos colegas de escola, vizinhos e represálias da mãe fanática religiosa.

“Sua mente tinha...tinha... ela procurou uma palavra. Tinha se flexionado. Não era bem isso, mas era quase. Houve uma curvatura mental curiosa, quase como um cotovelo não aguentando sustentar um haltere. Também não era bem isso, mas era a única coisa que ela conseguia pensar. Um cotovelo sem força. Um músculo fraco”

E isso tudo resultou na grande tragédia...

“Havia o sistema de sprinklers. Ela podia ligá-lo, e com facilidade. Ela riu de novo e se levantou, foi andando descalça na direção das portas do saguão. Ligar o sistema de sprinklers e fechar todas as portas. Olhar dentro e deixar que eles vissem olhando para dentro, vendo e rindo enquanto a água destruía os vestidos e penteados e tirasse o brilho dos sapatos. Ela só lamentava que não tinha como ser sangue”

Além de nos deixar de cabelo em pé, nos faz pensar sobre o impacto que comentários possam ter na vida de alguém e o que tinha tudo para ser apenas uma “brincadeira” resultou em mortes e praticamente destruiu uma cidade.

Recomendo muito a leitura.

Citações | Crenshaw (Katherine Applegate)

  • "Ás vezes isso é tudo que a gente realmente precisa: de um amigo.” – 127
  • “...o que mais me incomodava era que eu não podia consertar nada. Não podia controlar nada. Era como dirigir um carrinho de bate-bate sem direção. Ficavam batendo em mim toda hora, e eu só podia ficar sentado e segurar firme.” - 178