segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Citações | A Paciente Silenciosa (Alex Michaelides)


 

  • "... uma das coisas mais difíceis de admitir é que não fomos amados quando mais precisávamos. É um sentimento terrível, a dor de não ser amado." - 116
  • "... um amor que não inclui a honestidade não merece ser chamado de amor." - 117
  • "Às vezes é difícil entender por que as respostas para o presente estão no passado." - 145
  • "O objetivo da terapia não é consertar o passado, mas permitir que o paciente enfrente sua própria história e sinta sua dor." - 249

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Citações | O Discípulo da Madrugada (Pe. Fábio de Melo)


 

  • "Há momentos em que o medo nos impede de defender os que amamos... É como se fôssemos tragados pelo que éramos antes da amizade, da cumplicidade nascida dos encontros, das partilhas, dos risos e das lágrimas que nos fizeram irmãos." - 33
  • "... o mínimo que se espera de um amigo. Que se faça presente no momento que dele necessitamos." - 51
  • "A mais difícil das absolvições não é aquela que nos é oferecida pelos outros, mas por nós mesmos." - 77
  • "Nenhum cansaço pode nos afastar de um coração necessitado de amizade." - 114
  • "Esquecer é um ritual que nos aproxima do coração de tudo o que realmente já aprendemos. Só o esquecimento pode nos livrar dos excessos. Só depois dele é que percebemos o essencial." - 116
  • "O perigo não é não chegar, mas perder a oportunidade de alcançar a chegada por outro lado. Se vou sempre pelo mesmo caminho, se nunca inovo o trajeto pelo qual venço a distância, posso ser vitimado pelo entorpecimento da mesmice. E então podemos até esquecer o motivo que nos fez buscar a estrada. Os caminhos perigosos nos mantêm alertas." - 128

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Resenha | Nosso Lugar (Tabata Amaral)

 


A formação da sociedade humana foi pautada num protagonismo masculino. Donos do poder, os homens pegaram para si a responsabilidade pela tomada das decisões, ditando normas e regras, e ocupando, de forma majoritaria, os espaços políticos. Dentro desse contexto, as mulheres terminaram sendo relegadas, por imposição, a um lugar de coadjuvantes e, muitas vezes, passaram a ter que enfrentar todo tipo de abuso e injustiças, fruto da sociedade machista em que vivemos.

"... a sociedade, em um país tão desigual como o nosso, quando não tira a vida, vai tirando de alguns de nós a capacidade de sonhar."

Ainda assim, inúmeras mulheres têm se levantado cada vez mais e vem lutando, ao longo dos anos, para serem respeitadas e ouvidas como as protagonistas da mudança. Uma dessas mulheres se chama Tabata Amaral e ela trás em seu livro Nosso Lugar: o caminho que me levou à luta por mais mulheres na política,  seu caminho através da educação que a impulsionou a se tornar deputada federal. 

"... nós precisamos acreditar na nossa capacidade de promover mudanças."

A obra Nosso Lugar, lançada pela editora Companhia das Letras, foi dividida em cinco capítulos, onde cada um deles retrata a trajetória da Tabata numa determinada época de sua vida, caracterizando como uma biografia.

A leitura do livro é muito rápida, graças a suas 190 páginas e uma escrita bastante direta. Apesar disso, a autora traz muitas informações relevantes sobre programas educacionais existentes, que são desconhecidos do grande público. Também é importante destacar a influência/impacto que a obra trará para os jovens, por retratar a realidade de uma pessoa de baixa renda que conseguiu chegar a um lugar.

"Quando nos formamos, eu soube que estávamos escrevendo uma história diferente para nós duas. Por meio da educação, estávamos escapando dos abusos e violências que haviam marcado a trajetória das minhas avós e tias. Foi só então que deixei de ter medo de que as histórias das mulheres da minha família se repetissem, de alguma forma, em nossas vidas.  e grande destaque."

Nosso Lugar é um livro de extrema importância por trazer duas questão para o debate. O primeiro, por ser uma biografia de uma pessoa de baixa renda que chegou ao papel de protagonismo/liderança - o que serve como exemplo a milhões de jovens que até então não tinha perspectiva de futuro, por não possuir os meios para tal. E em segundo lugar, por provocar uma discussão acerca do espaço que a mulher ocupa na política brasileira e a que preço esse espaço é ocupado por elas.

Leitura indispensável para todos que buscam construir uma sociedade mais igualitária e que tem na educação o caminho para as mudanças

Citações | Nosso Lugar (Tabata Amaral)

 


  • "... a sociedade, em um país tão desigual como o nosso, quando não tira a vida, vai tirando de alguns de nós a capacidade de sonhar." - 55
  • "... quando somos um dos poucos representantes de um grupo a ocupar determinado lugar, a nossa responsabilidade é muito maior." - 86
  • "... nós precisamos acreditar na nossa capacidade de promover mudanças." - 115

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Citações | A Próxima Pessoa Que Você Encontra no Céu (Mitch Albom)

 


  • "Quando construímos algo, partimos de algo construído por quem veio antes. E quando nos despedaçamos, aqueles que vieram antes de nós ajudam a juntar nossos pedaços." - 61
  • "Muitas vezes pensamos que as coisas são sobre nós quando não são." - 81
  • "Nós temos medo da solidão... mas a solidão em si não existe. Não tem forma. É apenas uma sombra que cai sobre nós. E, assim como as sombras morrem quando a luz muda, esse sentimento triste pode ir embora assim que enxergamos a verdade." - 84
  • "Nenhuma ação feita para alguém é em vão." - 85
  • "Este é o poder que as crianças têm de nos desarmar: as necessidades delas fazem a gente se esquecer das nossas." - 98
  • "Os primeiro amores costumam permanecer no coração, como plantas que não podem crescer ao sol." - 102
  • "Todos os filhos guardam segredos. Todos os pais também. Nós moldamos a versão em que queremos que os outros acreditem, incrementando o disfarce e ocultando a verdade. É assim que podemos ser amados pelos nossos familiares e, ao mesmo tempo, enganá-los." - 106
  • "... não é porque uma lembrança é silenciada que você estará livre dela." - 109
  • "Só porque a gente enxerga as coisas direito não significa que as enxerga a tempo." - 118
  • "Nossos arrependimentos nos deixam cegos... Não percebemos quem estamos castigando enquanto castigamos a nós mesmos." - 120
  • "... nós nos ligamos mais às nossas cicatrizes do que à nossa cura. Conseguimos nos lembrar do dia exato em que nos machucamos, mas quem se lembra do dia em que a ferida sumiu?" - 129
  • "Os erros que cometemos abrem portas para fazermos o que é certo." - 154

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Resenha | Y(in): Crônicas do Caos Cotidiano (Wendell Almeida)

 


Existiu entre nós um sociólogo polonês chamado Zygmunt Bauman. Segundo ele, vivemos em uma sociedade líquida, onde temos cada vez mais dificuldades em nos conectarmos e termos relações duradouras. Muito dessa liquidez de Bauman é motivada pela forma como passamos a lidar com o tempo, ou para ser mais preciso, com a falta dele. Assim, em nossa "eterna" pressa para chegarmos em algum lugar, vamos aos poucos nos anestesiando e terminamos enchendo o nosso interior de coisas não ditas ou de tarefas por fazer.


A frustração daquilo que se perde se junta ao que nunca chegou.

É nesse contexto de perdição e isolamento, que vez ou outra surgem autores que buscam na poesia uma forma de fugir do lugar comum e lançar ao mundo reflexões que dizem, PAREM! CALMA!

A poesia, enquanto forma de arte, precede o texto escrito. As formas mais antigas de poesia foram recitadas ou cantadas, como forma de relembrar a história oral, a genealogia e a lei. Sendo assim, a poesia é, em sua essência, uma arte verbal.

O cronista Wendell Almeida mergulha no dia a dia para através da sua obra Y(iN): Crônicas do Caos Cotidiano, lançada de forma independente, tentar trazer um pouco de luz nesse estilo de vida que tanto nos cobra e nos impacta. No livro em si, o jovem autor, já demonstra toda sua desenvoltura e criatividade com as palavras, ao fazer do Sumário, um campo fértil para a poesia. Além disso, ao longo de 3 capítulos/partes - vazio, não ação contemplação; ele se utiliza da própria trajetória e de alguns encontros, para fazer uma reflexão crua e antiromantica do nosso modo de viver.

Ler as páginas de Y(in) é navegar pelo caos. O autor a todo momento nos tira da nossa zona de conforto, seja pelas provocações, ou ainda desnudando nossas atitudes que demonstram como estamos anestesiados para o outro. Talvez por conta desse desconforto é recomendado que a leitura seja feita por etapas, para que se tenha tempo de se apropriar do que está sendo dito.

Y(in): Crônicas do Caos Cotidiano é um relato corajoso de alguém que vê que a magia da vida está se perdendo. É um daqueles livros necessários, pois nos propicia uma pausa para que possamos refazer nossos passos e dar algum equilibrio ao caos em que vivemos.