segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Citações | Eragon (Christopher Paolini)



  • "... nunca deixem ninguém dominar seu corpo ou sua mente. Tenham cuidado especial para que seus pensamentos permaneçam livres. Um indivíduo pode ser livre, contudo pode estar mais preso do que um escravo. Deem seus ouvidos às pessoas, mas nunca o coração. Demonstrem respeito por aqueles que estão no poder, mas nunca os sigam cegamente. Julguem com lógica e razão, mas nunca façam comentários. Nunca considerem alguém superior a vocês, não importa que posto ou situação eles tenham na vida. Tratem todos com justiça, ou poderão querer se vingar. Tenham cautela com o dinheiro. Atenham-se às suas crença, e os outros ouvirão. Quanto aos assuntos do amor o meu único conselho é que vocês sejam sinceros. É a ferramenta mais poderosa para abrir um coração ou ganhar um perdão." - 60 e 61
  • "Que valor têm as coisas que fazemos... O valor está no ato. O seu valor acaba quando se rende ao desejo de mudar, de viver a vida. As opções estão à sua frente, escolha uma e dedique-se a ela. As ações darão a você uma nova esperança e um novo propósito... A única orientação verdadeira está dentro do seu coração. Nada menos do que o seu desejo supremo pode ajudá-lo." - 87
  • "As pessoas têm o irritante hábito de lembrar-se de coisas que não deviam." - 160
  • "A verdadeira coragem é viver e sofrer por aquilo em que você acredita." - 184
  • "O fardo de uma liderança é a responsabilidade pelo bem-estar das pessoas sob seu comando." - 383

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Citações | O Diário de Myriam (Myriam Rawick)



  • "Cheiros, risos, cores. Tantas lembranças que me fazem recordar minha vida de antes. Lembranças que são como miragens. Tão distantes daquilo que vivo hoje. Daquilo que vejo. Daquilo que sinto." - 37
  • "A guerra era minha infância destruída sob essas ruínas e fechada em uma caixinha." - 43
  • "Aqui, até mesmo Deus não tem mais casa." - 249
  • "Eu me vi encurralada em um conflito sem nome, sem palavra para as crianças. Não o entendi. Falava-se de guerra civil, falava-se de bombardeios russos, de coalização internacional. Para mim, era só medo, tristeza, angústia. E as lembranças de uma vida de antes que não recuperarei nunca mais." - 297

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Resenha | Medicina dos Horrores - Lindsey Fitzharris


As instituições hospitalares são lugares onde a tristeza e a alegria se encontram. Lá, muitas vezes, curas milagrosas acontecem, devolvendo o sorriso aos ex-enfermos e seus familiares; como também, acontece o pior, e a morte abrevia a vida, trazendo a dor do luto àqueles que ficam. Os hospitais, hoje em dia, são bem diferentes aos que eram nos anos 1800 e é essa história de (re) evolução, principalmente das cirurgias, que a escritora Lindsey Fitzharris nos conta no seu livro Medicina dos Horrores.

Lindsey Fitzharris
Escrito com uma riqueza muito grande de detalhes e lançado no Brasil pela editora Darkside, numa edição fantástica, Fitzharris nos apresenta uma biografia de Joseph Lister, responsável por enormes descobertas que revolucionaram a medicina, aproximando-a de como conhecemos hoje.

Ler sobre a trajetória de vida de uma pessoa que se confunde com a história/evolução de uma ciência, não é uma das tarefas das mais simples, por conta dos termos técnicos e a descrição de procedimentos que não é comum ao grande público. Acredito que esse tenha sido o grande desafio ao longo da obra. Vencido esse contratempo, somos transportados para os anfiteatros do século XIX para nos chocarmos com os hospitais e as cirurgias daquela época, verdadeiras carnificinas em locais insalubres - nas quais os resultados finais variavam entre amputações, infecções e morte.

"Os métodos dolorosos são sempre os últimos remédios nas mãos do homem que tem verdadeira competência em sua profissão; e são o primeiro, ou melhor, o único recurso daquele cujo conhecimento se restringe à arte de operar."
No avançar dos anos (das páginas), vamos conhecendo a trajetória de Joseph Lister e nos surpreendendo com suas descobertas, que apesar de se mostrarem eficientes para a redução da taxa de mortalidade dos pacientes, ainda assim encontrava resistência por conta do ego, do conforto e de prestigio naqueles acostumados a verem as práticas por uma única perspectiva.
"As novas opiniões sempre despertam suspeita e, em geral, oposição, sem qualquer outra razão que não o fato de já não serem comuns."
A leitura da obra além de ser interessante pelo fato de conhecermos a história e a evolução de lugares e procedimentos tão comuns nos dias de hoje, como o hospital e a cirurgia; nos reserva ainda surpresas, como o contexto que propiciou o surgimento do listerine (antisseptico bucal tão comum nas casas, atualmente), a criação da empresa Johnson e Johnson e a aparição de figuras históricas, como Louis Pasteur.

Medicina dos Horrores, da escritora Lindsey Fitzharris, é um livro rico em detalhes e com inúmeros termos técnicos, o que a torna densa e termina afastando os leitores leigos que buscam uma leitura mais leve e fácil. Contudo, para aqueles que persistirem e darem uma chance ao livro, serão recompensados com uma verdadeira aula sobre a evolução das cirurgias e como os hospitais foram revolucionados, graças a um homem.

Sinopse:

Em Medicina dos Horrores, a historiadora Lindsey Fitzharris narra como era o chocante mundo da cirurgia do século XIX, que estava às vésperas de uma profunda transformação. A autora evoca os primeiros anfiteatros de operações — lugares abafados onde os procedimentos eram feitos diante de plateias lotadas — e cirurgiões pioneiros, cujo ofício era saudado não pela precisão, mas pela velocidade e pela força bruta, uma vez que não havia anestesia. Não à toa, os mais célebres cirurgiões da época eram capazes de amputar uma perna em menos de trinta segundos. Trabalhando sem luvas e sem qualquer cuidado com a higiene básica, esses profissionais, alheios à existência de micro-organismos, ficavam perplexos com as infecções pós-operatórias, o que mantinha as taxas de mortalidade implacavelmente elevadas.

É nesse cenário, em que se considerava mais provável um homem sobreviver à guerra do que ao hospital, que emerge a figura de Joseph Lister, um jovem médico que desvendaria esse enigma mortal e mudaria o curso da história. Concentrando-se no tumultuado período entre 1850 e 1875, a autora nos apresenta Lister e seus contemporâneos e nos conduz por imundas escolas de medicina, os sórdidos hospitais onde eles aprimoravam sua arte, as “casas da morte” onde estudavam anatomia e os cemitérios, que eles volta e meia invadiam para roubar cadáveres.

Chocante e revelador, Medicina dos Horrores celebra o triunfo de um visionário, cuja busca para atribuir um caráter científico à medicina terminou por salvar milhões de vidas.


Citações | Medicina dos Horrores - Lindsey Fitzharris



"Os métodos dolorosos são sempre os últimos remédios nas mãos do homem que tem verdadeira competência em sua profissão; e são o primeiro, ou melhor, o único recurso daquele cujo conhecimento se restringe à arte de operar." - 17 e 18
"As novas opiniões sempre despertam suspeita e, em geral, oposição, sem qualquer outra razão que não o fato de já não serem comuns." - 209

Citações | Revolução Laura - Manuela D'Ávila



"... as decepções fazem isso, a gente perde as referências importantes e acaba sem saber direito quem é." - 29
"A política é masculina e machista, a política não tem espaço para as mulheres, a política não tem espaço para o que nos diferencia dos homens, a política não tem espaço para a ingenuidade e para a alegria das crianças, não tem espaço para a naturalidade com que conciliamos nosso trabalho e nossas lutas com nosso bebês... uma forma de resistir à política que desumaniza." - 54
"Anarquista. O conceito defende uma sociedade onde a organização social não é imposta, é um acordo entre seres humanos que não estão divididos em classes sociais, onde não existe domínio de uma pessoa sobre a outra, criando, assim, uma sociedade mais igualitária e fraterna." - 74
"Repensar a maternidade e enfrentar um padrão imposto... de maternidade significa necessariamente rediscutir os papéis da mulher e do homem, padrões afetivos de nossa sociedade e os espaços públicos." - 114
"Cuidar é muito mais que uma responsabilidade afetiva para as mulheres: cuidar é assumir as responsabilidades da comunidade, do Estado, é superar as insuficiências das políticas públicas. Cuidar é buscar vaga na creche e a consulta médica. Cuidar é também afeto... Cuidar é trabalhar antes e depois do trabalho." - 120
"Na vida existem razões mais fortes que o medo." - 141
"Minha opção é lutar pelo que acredito ser o melhor pro mundo. Pelo justo, pelo belo, pelo bom. Mas a opção é minha. Jamais achei que os que convivem comigo deveriam ser submetidos a ela ou compartilhem dela." - 160
"... enquanto um homem brilha construindo a sua carreira, tem uma mãe abrindo mão da sua dentro de casa, cuidando sozinha de tudo." - 168