Por Camila Moura
Sinopse:
Verônica Torres trabalha no Departamento
de Homicídios e de Proteção à Pessoa, da Polícia Civil em São Paulo. É
secretária de Carvana, um delegado pouco confiável, e filha de um respeitado
policial, que teve um fim trágico e não totalmente esclarecido.
Verônica está afastada de qualquer tipo de investigação, mas, ao presenciar o
suicídio de uma mulher em seu trabalho, a fragilidade da vítima e as estranhas
circunstâncias que a levaram à delegacia a colocam na trilha de um abusador com
requintes de crueldade. Quando recebe uma ligação anônima de uma mulher
desesperada, ela seguirá as pistas de uma série de crimes ainda mais sombrios. Janete
é uma dona de casa devotada, que obedece Brandão, seu marido, pelo absoluto
terror que nutre por ele. Policial militar, ele está acima do bem e do mal e
pratica crimes sexuais de extrema violência e sadismo, em que ela é obrigada a
participar – primeiro, aliciando mulheres; depois, acompanhando o desenrolar de
suas mortes. As vidas de Verônica e Janete se entrecruzam e as levam aos
limites da violência e da loucura. Ao narrar suas histórias, Ilana Casoy e
Raphael Montes criam um thriller sem paralelos na literatura policial
brasileira, com uma trama complexa – e uma investigadora inesquecível.
Resenha:
Essa é a segunda experiência
literária que tenho com algo escrito por Raphael Montes, já tinha lido Jantar
Secreto e não consigo dizer qual dos dois gostei mais. A participação de Ilana
Casoy deu um tom único para essa obra.
O livro Bom dia, Verônica, ganha uma nova roupagem pela editora Companhia das Letras e conta a história de
Verônica Torres, uma secretaria do Departamento Estadual de Homicídios e de
Proteção à Pessoa, ela é filha de um ex-policial que teve a honra destruída de
uma forma não totalmente esclarecida, que acabou obscurecendo a vida de todos
ao redor, inclusive a de Verônica.
Em um dia normal de trabalho, a
vida de Verônica cruza com uma série de crimes macabros e seu o chefe sendo um
policial a beira da aposentadoria, que não está mais nem aí para nada, ignora o
seu pedido para fazer uma investigação e então Verônica precisa investigar tudo
por baixo dos panos e enfrentar os seus maiores fantasmas.
“Deitei a cabeça no volante, chorando, como não chorava havia anos. Lembrei-me de Marta encolhida, indefesa, ao lado da máquina pifada; de sua boca horrorosa, tomada pela infecção; de seus olhos assustados, e da sensação que eu mesma já tive de ser desacreditada, ignorada. Ser invisível era uma realidade para muita gente. Marta sabia disso. A ferida, o golpe, o exame, a lenda. Então me lembrei da frase… da frase que ela disse antes de se jogar pela janela. Tudo fazia sentido.”
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