Por Marina Lamim
🚨A obra a seguir pode conter gatilhos - práticas de canibalismo
Maren e sua mãe estão sempre mudando às pressas de cidade, sem se despedir de ninguém e com apenas o essencial na mochila. E o motivo é bastante peculiar: Maren come, literalmente, pessoas.
Ao
encontrar a filha com um pedaço de osso, pertencente à sua babá, na boca e o
restante ao lado no chão, Janelle percebeu que a vida de ambas não seria fácil.
No
entanto, logo após completar dezesseis anos de vida, Maren acorda e vê que a
mãe a abandonou. E esse é o ponto de partida da história. Maren não conhece seu
pai e ao se ver sozinha, resolve ir em busca de conhecer sua história.
"Não sou mais capaz de proteger você, Maren. Não quando eu devia estar protegendo o resto do mundo de você."
Não
conhecia esse livro e confesso que o que me atraiu nele foi a capa. A Suma caprichou na beleza da arte e a diagramação perfeita.
A
escrita da autora é bem fluida e me prendeu desde a primeira página. No
entanto, algo no livro me incomodou, julgo ser a tradução. Não conheço o
trabalho da tradutora Jana Bianchi, tampouco li na versão original. Mas notei
uma brasilidade em algumas falas de um personagem do sul do país, como por
exemplo, o uso de gírias "guria" e "piá", que me causou
estranheza, uma vez que a história se passa nos EUA e não no Brasil.
O
início da história me prendeu demais, mas achei que a narrativa se perdeu do
meio para o final. Achei algumas pontas soltas e sem explicação ou conclusão, o
que também me causou incomodo.
Vi
que saiu uma adaptação cinematográfica baseada no livro, tendo como
protagonistas Taylor Russell e Thimothée Chalamet e fiquei curiosa para
assistir.
Até os Ossos é um livro original, que se utiliza do terror para abordar temas como amadurecimento, empoderamento e sexualidade. Contudo, mesmo considerando um bom livro pra quem busca um passatempo, para mim está longe de ser uma leitura memorável.
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