Por Camila Moura
SINOPSE:
Quando Hana nasceu, a Coreia já
estava sob ocupação japonesa, e por isso a garota sempre foi considerada uma
cidadã de segunda classe, com direitos renegados. No entanto, nada diminui o
orgulho que tem de sua origem. Assim como sua mãe, Hana é uma haenyeo, ou seja,
uma mulher do mar, que trabalha por conta própria seguindo uma tradição
secular. Na Ilha de Jeju, onde vivem, elas são as responsáveis pelo mergulho
marinho – uma atividade tão perigosa quanto lucrativa, que garante o sustento
de toda a comunidade. Como haenyeo, Hana tem independência e coragem, e não há
ninguém no mundo que ela ame e proteja mais do que Emi, sua irmã sete anos mais
nova. É justamente para salvar Emi de um destino cruel que Hana é capturada por
um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria. A Segunda
Guerra Mundial estava em curso e, assim como outras centenas de milhares de
adolescentes coreanas, Hana se torna uma "mulher de consolo": com
apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis
militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é
resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso
sobreviva aos horrores da guerra.
RESENHA:
Herdeiras do mar, da escritora Mary
Lynn Bracht, e lançado pela editora Companhia das Letras, foi um livro que me
surpreendeu e conquistou um cantinho especial no meu coração. Nele conhecemos a
história da Hana, ela é uma haenyeo, conhecidas também como mulheres do mar.
Elas trabalham com o mergulho marinho e são responsáveis por garantir o
sustento da filha, ou seja, elas mergulham o mais fundo que conseguem em busca
de coisas que possam vender.
Assim como Hana e sua mãe, muitas
mulheres vivem da mesma forma. Sendo consideradas cidadãs de segunda classe em
uma Coréia sob a ocupação Japonesa.
Para salvar sua irmã mais nova de
um destino incerto, Hana acaba sendo raptada por soldados e levada para servir
como mulher de consolo. Ela é submetida a horrores inimagináveis vivendo em um
bordel militar.
O que mais me assustou, foi
imaginar quantas “Hanas” existiram em tempos de guerra e o que essas mulheres
passaram em um tempo de tanto sofrimento.
Em Herdeiras do Mar conhecemos um
lado da guerra que muitos lutam para esconder.
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