quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Resenha | Herdeiras do Mar (Mary Lynn Bracht)

 Por Camila Moura

SINOPSE:

Quando Hana nasceu, a Coreia já estava sob ocupação japonesa, e por isso a garota sempre foi considerada uma cidadã de segunda classe, com direitos renegados. No entanto, nada diminui o orgulho que tem de sua origem. Assim como sua mãe, Hana é uma haenyeo, ou seja, uma mulher do mar, que trabalha por conta própria seguindo uma tradição secular. Na Ilha de Jeju, onde vivem, elas são as responsáveis pelo mergulho marinho – uma atividade tão perigosa quanto lucrativa, que garante o sustento de toda a comunidade. Como haenyeo, Hana tem independência e coragem, e não há ninguém no mundo que ela ame e proteja mais do que Emi, sua irmã sete anos mais nova. É justamente para salvar Emi de um destino cruel que Hana é capturada por um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria. A Segunda Guerra Mundial estava em curso e, assim como outras centenas de milhares de adolescentes coreanas, Hana se torna uma "mulher de consolo": com apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso sobreviva aos horrores da guerra. 

RESENHA:

Herdeiras do mar, da escritora Mary Lynn Bracht, e lançado pela editora Companhia das Letras, foi um livro que me surpreendeu e conquistou um cantinho especial no meu coração. Nele conhecemos a história da Hana, ela é uma haenyeo, conhecidas também como mulheres do mar. Elas trabalham com o mergulho marinho e são responsáveis por garantir o sustento da filha, ou seja, elas mergulham o mais fundo que conseguem em busca de coisas que possam vender.

Assim como Hana e sua mãe, muitas mulheres vivem da mesma forma. Sendo consideradas cidadãs de segunda classe em uma Coréia sob a ocupação Japonesa.

Para salvar sua irmã mais nova de um destino incerto, Hana acaba sendo raptada por soldados e levada para servir como mulher de consolo. Ela é submetida a horrores inimagináveis vivendo em um bordel militar.

O que mais me assustou, foi imaginar quantas “Hanas” existiram em tempos de guerra e o que essas mulheres passaram em um tempo de tanto sofrimento.

Em Herdeiras do Mar conhecemos um lado da guerra que muitos lutam para esconder.


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