Por Marina Lamim
Muriel Barbery é escritora
de romances e professora de filosofia. Confesso que não conhecia a autora até
ver o lançamento do livro Uma só rosa, da Companhia das Letras, e
solicitá-lo para a editora.
Pela falta de familiaridade
com a escrita da autora, senti certa dificuldade em pegar o ritmo. Barbery tem uma
escrita muito poética e, como não poderia ser diferente, filosófica.
No romance Uma só
rosa, conhecemos Rose, uma botânica de quarenta anos que mora em Paris.
Órfã de mãe, Rose não chegou a conhecer o pai, até que recebe a informação de
que precisa viajar até o Japão para a leitura do testamento dele.
Em Paris, Rose vive uma vida
preta e branca. E ao chegar no Japão, mais precisamente em Kyöto, ela passa a
enxergar a beleza e as cores das flores. Paul, um rapaz que trabalhou com o pai
de Rose durante anos, é o responsável por recepcioná-la e por apresentar um
itinerário, o qual deve seguir antes de, por fim, ouvir sobre o testamento.
"Se não estamos prontos para sofrer, não estamos prontos para viver."
Uma história sobre luto,
amargura, rancor, descobrimento e perdão. Muriel nos guia por sentimentos numa
escrita que, confesso, senti que deve ser feito em doses homeopáticas.
Não se deixe enganar pelas
166 páginas, pois apesar de ser um livro curto, é carregado de emoções.
"O que ele pode me dar agora? O que a ausência e a morte podem dar? Dinheiro? Desculpas? Mesas laqueadas?"
Como humanos, somos movidos
por sentimentos e o poder de mudá-los. E para quem busca uma leitura marcante,
eu super indico!
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