domingo, 11 de novembro de 2018

Fazendo as Pazes com o Corpo (Daiana Garbin)



  • “Para um relacionamento ser abusivo, não precisa existir agressão física ou sexual. Qualquer pessoa... pode machucar você duramente apenas com palavras. Quando isso acontece entre parceiros, os efeitos parecem ser ainda mais dolorosos, e é comum que uma pessoa diminua tanto o amor-próprio da outra a ponto de fazê-la acreditar que não tem valor nenhum.” – 54
  • “... percebi quantos bons momentos deixamos de viver por causa da nossa autoimagem deturpada. Essa dor não pode ser ignorada, é claro, mas não podemos permitir que a vergonha ou o sofrimento controlem nossa vida.” – 60
  • “... se expor... é um ato de coragem.” – 68
  • “... quem nos julga ou nos ofende na verdade só está manifestando as dores que traz dentro de si. Quem guarda ódio só consegue oferecer ódio.” – 68
  • “A beleza é uma convenção, mas tendemos a aceita-la como verdade absoluta. E nos tornamos escravos dela, fazendo barbaridades para atender aos seus padrões.” – 88
  • “Os grupos funcionam a partir de ideias partilhadas, da procura de modelos de identificação e de uma busca de liderança. Quanto menos críticos somos e quanto mais influenciáveis nos tornamos, maior é nossa tendência a acreditar que existe apenas uma maneira de ver a vida, e essa maneira é aquela ditada pelo modelo atual vigente. Vivemos em uma sociedade em que a imagem vem antes do pensamento. O que nossa sociedade atribui como valor é o dinheiro, a magreza e a beleza estética. Não podemos ser pobres, nem gordos, tampouco velhos. A ditadura da beleza nos impede até mesmo de envelhecermos, como se buscássemos corpos que não denunciam a mazela da finitude da vida.” – 91
  • “... a mulher perfeita é a mulher que não vive, que não existe! Só quem não vive não comete erros!” – 93
  • “Perfeccionismo não é autoaperfeiçoamento. Perfeccionismo é, em essência, tentar obter aprovação... O medo de falhar, de cometer erros, de não corresponder às expectativas dos outros e de ser criticado mantém o perfeccionista fora da arena da vida, onde a competição e o esforço saudáveis se desenrolam. O perfeccionismo é autodestrutivo simplesmente porque a perfeição não existe. É uma meta inatingível.” – 93
  • “Queremos ter o corpo dos outros sem pensar nem questionar como esses corpos foram construídos. Perdemos a capacidade de enxergar nossa beleza natural e de compreender nossos mecanismos de forme e saciedade, pois não permitimos que eles trabalhem da forma correta, sempre impondo dietas e restrições. E quando perdemos essa ligação, comer vira um ato desconectado das nossas sensações corporais e passamos a fazê-lo no piloto automático, sem sentir o gosto, a textura, o cheiro.” – 133
  • “... a vergonha é universal e constitui um dos sentimentos humanos mais primitivos. As pessoas que não experimentam esse sentimento são carentes de empatia e não sabem se relacionar. Vergonha é um sentimento intensamente doloroso ou a experiência de acreditar que somos defeituosos e, portanto, indignos de amor e aceitação.” - 149

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