quarta-feira, 20 de julho de 2022

Resenha | A Biblioteca da Meia-Noite (Matt Haig)

Por Camila Moura


Existe um universo de possibilidades sobre os rumos que a nossa vida pode tomar, cada escolha muda o nosso futuro, e é exatamente essa visão que o autor Matt Haig nos apresenta no livro A biblioteca da meia-noite.

“- Entre a vida e a morte, há uma biblioteca – disse ela – E, dentro dessa biblioteca, as prateleiras não tem fim. Cada livro oferece uma oportunidade de experimentar outra vida que você poderia ter vivido. De ver como as coisas seriam se tivesse feito outras escolhas.... Você teria feito algo diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo do que se arrepende?”

A personagem principal, Nora Seed está infeliz com o rumo que a sua vida tomou e ela acaba tendo a chance de visitar outras perspectivas da sua vida e sabe o que acontece? Não vou dar esse spoiler! Mas ela acaba percebendo que em nenhuma vida ela é 100% feliz, afinal, isso é impossível. Nossa vida é feita de altos e baixos.

“Uma pessoa é como uma cidade. Não se pode deixar que algumas áreas menos aprazíveis provoquem uma repulsa generalizada pelo todo. Pode ser que haja algumas partes das quais você não goste, umas ruas e bairros e perigosos, mas as coisas boas fazem o todo valer a pena”

Em cada vida que ela experimentou, tinha algo que acabava deixando ela infeliz. O que estava errado, afinal? Esse livro me fez perceber que precisamos ser felizes sem nos importamos com os “E se.…” da vida, pois no final sempre haverá altos e baixos e precisamos aproveitar o aqui e agora. Se algo acabar dando errado, levanta e tenta de novo. Sem dúvidas esse livro me fez valorizar mais a minha vida e não pensar que todas as nossas decisões são para sempre. Eu posso mudar o meu curso de faculdade, decidi mudar o rumo da minha vida e tudo bem. Nunca é tarde.

“Quer dizer, as coisas seriam bem mais fáceis se a gente entendesse que não existe um certo modo de viver que nos torne imunes à tristeza. E que a tristeza é parte intrínseca do tecido da felicidade. Não dá para ter uma sem a outra. Obviamente, elas vêm em diferentes graus e doses. Mas não há uma vida sequer em que a pessoa possa existir num estado permanente de felicidade absoluta. E imaginar que existe uma vida assim só acrescenta mais infelicidade a nossa vida”

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