Atualmente, temos
acompanhado o crescimento de grupos de extrema direita no poder, o que tem polarizado a política e tornado
muitos lugares do mundo, regiões perigosas para se viver. Dentro desse
contexto, muitos direitos passaram a ser negados e aquelas pessoas que tentam lutar
contra a opressão, são perseguidas e muitas vezes sofrem diversas violências -
entre elas, até a morte.
Uma das regiões mais
violentas que conhecemos é o Oriente
Médio, fruto em grande parte do surgimento do Talibã - um grupo extremista islâmico.
Esse grupo, atuou no Paquistão, promovendo o caos e a chacina, destruindo escolas
e perseguindo todos àqueles que tentavam restabelecer um pouco de esperança
para o povo - uma das pessoas que eles tentaram matar foi Malala Yousafzai.
Malala Yousafzai, na época
que sofreu um atentado terrorista, tinha apenas 15 anos, mas já se destacava -
internacionalmente inclusive - graças a influência de seu pai, por defender o
direito a educação para todas as crianças, em especial as meninas. E é parte
dessa história que podemos acompanhar no livro autobiográfico Malala: Minha
História em Defesa dos Direitos das Meninas, escrito em parceria com Patricia
McCormick e lançado pela editora Seguinte.
"Em um país onde tantas pessoas consideram um desperdício mandar meninas à escola, são os professores que nos ajudam a acreditar nos nossos sonhos."
Essa obra se propõe a
apresentar a vida de Malala no vale do Swat em três momentos distintos: antes
do Talibã, durante a insurgência do Talibã e após o atentado terrorista que
quase lhe tirou a vida. Aqui já fale o
registro de que apesar do livro ser indicado para leitores entre 8 a 12 anos,
se faz necessário a intervenção de adultos durante a leitura, uma vez que no
conteúdo há passagens de extrema violência e também questão políticas que podem ser difíceis
para o público alvo assimilar.
Ler sobre a vida de Malala é
renovar nossas esperanças em um mundo melhor. Além disso, a obra tem um papel
importante em denunciar para o mundo como o patriarcado tolhe o futuro de
milhões de mulheres, em nome da tradição; as atrocidades que regimes
extremistas podem provocar em uma região - mesmo quando são pautados, em algo
sagrado (como a religião) -; fazer uma breve análise da insurgência do Talibã e
lançar luz sobre acontecimentos e pessoas, que pela distância, passariam longe
do nosso conhecimento.
"Nossa família não olhada para a vida e via perigo. Todos víamos possibilidades. Acreditávamos na esperança."
Mesmo com a densidade dos
conteúdos apresentados em sua obra, revisitar ou conhecer a história de Malala
se torna essencial num mundo em que os nossos políticos dão sinais de
esgotamento e a todo momento somos chamados a promover as mudanças que queremos,
sendo que a educação se apresenta como um dos instrumentos mais poderosos para
isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário