Não importa o que você sabe, importa o que você acredita. Não dá para desistir, para não tentar.
O mundo em que vivemos está um
caos. Pandemia; queimadas; todo tipo de violência; preços orbitantes dos
alimentos; e o distanciamento, que deveria ser social para nos proteger, é cada
vez mais pessoal – o que gera ansiedade e nos coloca em profunda depressão, num
sentimento de solidão que cresce a todo momento.
Diante desse cenário, que mais
parece coisa de ficção científica, urge a necessidade de sermos salvos; de que
nossos heróis do cinema/quadrinhos se materializem e resolvam todos os
problemas. Mas, e se os verdadeiros heróis fossem pessoas anônimas? Pessoas que
fazem pequenas boas ações com a esperança de que isso contagie os outros e
assim crie uma rede de solidariedade.
e se as coisas ruins não forem tão óbvias? Se forem apenas parte do que está ao nosso redor, mas não conseguíssemos enxergar direito. E se forem nós mesmos? Tipo, o jeito que agimos ou deixamos de agir? … E se a solução for simplesmente o bem? Pequenas coisas simples e boas, coisas que ninguém percebe, tão comuns que se tornam extraordinárias. E se pessoas comuns pudessem ser heróis?
É tendo essa ideia em mente que a autora Michele Weber Hurwitz, nos presenteia com o livro O Verão Em Que Salvei O Mundo em 65 Dias, da editora Rocco Jovens Leitores.
Na trama conhecemos Nina Ross,
uma jovem de 13 anos, que está de luto pela perda da avó, a única pessoa que a
entendia, e que se sente sozinha, já que seus pais e irmão vivem trabalhando. E
também, seus únicos amigos estão bem diferentes do que eram. Certo dia, nossa
jovem protagonista resolve ajudar sua vizinha e daí nasce um projeto de verão
que mudará para sempre a vida de todos os moradores do bairro.
Almas antigas … podem não ser as pessoas mais alegres e despreocupadas que existem, mas têm uma chama no coração que fica acesa por um bom tempo.
A obra de Hurwitz é aquele tipo
de leitura que a cada página vai aquecendo nosso coração. As dificuldades
relatadas no livro são críveis e os personagens causam empatia logo de cara, o
que faz com que o leitor tenha uma rápida identificação com a obra. Muitos
momentos nos provocam reflexões e entre lições e conselhos sobre temas como
amizade, luto, propósito, confiança, responsabilidade e amadurecimento; a
pergunta que fica é: apenas com boas ações podemos fazer a diferença no mundo?
O Verão Em Que Salvei O Mundo em 65 Dias, tem uma capa lindíssima e vai fisgar todos àqueles que gostam de ter um colorido como diferencial na estante. Além disso, é uma obra mais necessária do que nunca e nos serve como um convite para refletirmos sobre nossas atitudes e nos inspirar a sermos a mudança que queremos ver no mundo.
Há tantas estrelas em um céu limpo quanto há sonhos em nossos corações.
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