Nós estamos vivendo um tempo de (re)descobertas.
Confinados em nossas casas, somos convidados a nos visitarmos a todo instante e
assim avaliarmos como nossas relações e escolhas têm contribuído para o nosso
crescimento.
Cuidado para você não se ocupar demais com a busca de resultados. Nem sempre o produto final é o mais importante. Por vezes a riqueza se esconde é no processo das descobertas. O resultado é quase nada perto das oportunidades que o processo nos entrega.
Esse processo de amadurecimento passa a surgir quando
somos impedidos de continuar a rotina
apressada em que vivemos e a busca incessante por uma realização que sempre
acreditamos estar lá fora. Desta forma, na simplicidade do nosso lar, nos
voltamos para nosso interior e nos percebemos como estranhos. Estranhos de nós
mesmos, estranhos para a família, estranhos para os amigos, estranhos para os
amores, estranhos para a vida. E nesse estranhamento, o que sobra é a questão
do agora?
Para nos ajudar a começar a descobrir um caminho para essa pergunta, o Pe. Fábio de Melo, nos presenteia com o livro Tempo de Esperas - O Itinerário de um Florescer Humano. Lançado pela editora Planeta, a trama apresenta uma troca de correspondência entre o jovem Alfredo e o experiente Abner. O diálogo que começa por conta do coração partido de Alfredo, logo ganha uma verdadeira lição sobre a vida, com reflexões que perpassam por temas como amor, família, luto, amizade, religião, trabalho e natureza.
Para nos ajudar a começar a descobrir um caminho para essa pergunta, o Pe. Fábio de Melo, nos presenteia com o livro Tempo de Esperas - O Itinerário de um Florescer Humano. Lançado pela editora Planeta, a trama apresenta uma troca de correspondência entre o jovem Alfredo e o experiente Abner. O diálogo que começa por conta do coração partido de Alfredo, logo ganha uma verdadeira lição sobre a vida, com reflexões que perpassam por temas como amor, família, luto, amizade, religião, trabalho e natureza.
Há sempre um perigo no amor que tem utilidade. Enquanto o outro exerce alguma função na nossa vida, corremos o risco de não experimentar o amor gratuito... Amor que se fundamenta na utilidade que o outro tem corre o risco de se transformar em abandono num futuro próximo.
O livro do Pe. Fábio de Melo, num primeiro
momento, pode enganar por acharmos que se trata exclusivamente de um romance -
afinal é uma desilusão amorosa que motiva a troca de cartas. Contudo, essa é
apenas uma parcela do que a obra tem a ensinar, se tornando em muitos momentos
um ensaio filosófico, voltado a autodescoberta.
O que gostamos no outro é o que sobra do nosso encontro. É o que derrama, o que não coube nos dois. O contrário também é verdadeiro. O que não suportamos no outro é justamente o que resultou do encontro. Juntos nós extraímos o que temos de pior. Com isso nos rechaçamos. A sobra não nos deixa felizes, porque não nos realiza. Ai dizemos que temos antipatia, porque a terceira pessoa gerada é desagradável aos nossos olhos.
A linguagem que o autor utiliza, gera uma certa estranheza de início, por ser mais coloquial, com termos da filosofia e com uma grande densidade de conteúdos. Entretanto, vencidas as apresentações, o leitor logo se ver fisgado pela profundidade do que é dito e as infinitas possibilidades que o livro oferece de aprendizado - por isso até, a obra é para ser lida inúmeras vezes, com a segurança de que será como se fosse a primeira vez e outras descobertas serão feitas.
Mergulho nos livros porque neles eu sei que está a chave do mundo novo que tanto anseio conquistar."
Numa semana tão cheia de significados, como esta dita Santa, somos convidados pelo Pe. Fábio de Melo, através do seu livro Tempo de Esperas, a ressuscitarmos para aquilo que nos torna inteiros, a simplicidade que faz com que nossas chegadas atinjam os corações daqueles que amamos.
Sinopse:
Dois personagens, Abner e Alfredo. De um lado,
um velho professor que resolveu refugiar-se em uma vida simples, abandonando
todas as glórias da vida acadêmica, e, de outro, um jovem estudante de
filosofia, cujo sonho é alcançar o que o professor resolveu abandonar. Mas o
motivo que gera o encontro é uma desilusão amorosa. Alfredo foi abandonado por
Clara, a mulher de sua vida. Na tentativa de compreender a sua dor, ele
solicita que o professor o auxilie a reencontrar o equilíbrio perdido. É a
partir desse pedido que nasce uma instigante troca de correspondência. O tema
inicial se desdobra em muitas outras questões humanas.
Enquanto discutem filosofia, amor, amizade e
felicidade, Alfredo e Abner descobrem que muito mais que estarem em lados
opostos do desejo, como se fossem o passado e o futuro de uma mesma existência,
eles estão diante do desafio humano que nunca cessa: compreender o tempo das
esperas.
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