Ratos (Gordon Reece)
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"... Tudo em que pensava era que não importa o quanto
somos próximos de alguém, sempre existirão limites - fronteiras que
simplesmente não somos capazes de atravessar, questões que nos tocam tão
profundamente que não podem ser compartilhadas. Talvez, aquilo que não
conseguimos compartilhar com os outros seja o que realmente define quem
somos." - 32 e 33
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"...Essa é a maldição das mães, estão condenadas a
sentir a dor de seus filhos como se fosse sua." - 42
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"A realidade era exatamente o oposto da ordem e da
beleza; era o caos e o sofrimento, a crueldade e o horror. Era ter seus cabelos
incendiados sem ter feito mal a ninguém, era ser explodido por uma bomba
terrorista ao levar seus filhos à escola ou ao se sentar em seu restaurante favorito,
era apanhar até morrer em uma viela enquanto lhe roubam o pequeno salário que
acabou de receber, era ser estuprada por bêbados, era ter a garganta cortada
por um viciado que invadiu sua casa à procura de dinheiro. A realidade era um
massacre diário de inocentes. Era um abatedouro, um açougue, forrado pelos
corpos de inúmeros ratos..." - 68
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"...Grande parte do que minha mãe era se baseava no que
lia. Era isso o que a cultura de classe média criava? Pessoas formadas mais por
aquilo que liam que pelas próprias experiências?..." - 148
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"...Shakespeare parece dizer que nós, pessoas reais,
não somos o que nossos caracteres determinam, somos nossas ações. Os corajosos
são, na verdade, covardes; os covardes são corajosos; os cruéis podem ser
gentis; os gentis, cruéis..." - 160
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