domingo, 16 de novembro de 2014

Pó de Lua (Clarice Freire)


·      "Se é pra dizer, diga, mas diga com jeito. Quer mudar, mude. Mas mude direito. Se é amor, ame. E que seja perfeito. Tem que errar, erre, mas tire proveito. Cansei, de quem só fala e vive de frase de efeito." - 56 e 57
·      "Alguma solidões não precisam ser sozinhas. Outras, são só minhas." - 81
·      "Me perguntaram por que gosto tanto da palavra sonho. É muito simples: quem arrisca se manter sonhando até o último dia da sua vida vive muito mais acordado. Para a verdadeira alegria das coisas. Ela está escondida na inquietação permanente de quem nunca está realizado. Não preciso de realizações. Me basta a plenitude de saber que o realizado já parou. Adormeceu. O sonhador não dorme nunca, correndo atrás do que já viu - no sonho - mas ainda não viveu." - 84 e 85

·       "Que tolo e inútil é o fósforo - eles disseram. Queima a própria cabeça por uns segundos de fogo. Um tolo é quem pensa assim, eu acho. Não entendem nada do jogo. Inútil é ser trancado em uma caixa até o tempo o fazer morrer. Sem saber o que é luz, sem saber o que é brilhar, sem saber o que é arder." - 166 e 167

Um comentário:

  1. Estou encantada com Claricie. Fui apresentada a esta jovem escritora pernambucana pela minha amiga Cornélia.

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