segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Citações | Procurando Jane (Heather Marshall)

 


  • “... as pessoas se arrependem de coisas que não fizeram muito mais do que de erros que de fato cometeram. É a inação que faz alguém acordar de madrugada, duvidando de seu próprio  julgamento. São os ‘e se’ e dos ‘eu deveria ter’ que permanecem nas profundezas da alma. Que se agarram com mais força, que têm os dentes mais afiados.” – 53
  • “... qualquer coisa pode se quebrar de maneira irreparável quando manipulada sem cuidado.” – 268
  • “Se aprendi alguma coisa com tudo isso, é a não guardar segredos. Eles infeccionam com feridas, e levam ainda mais tempo para se curar depois que o estrago foi feito. É algo permanente e incapacitante...” - 280


Citações | Clube da Luta (Chuck Palahniuk)

 



  • “Naquela época a minha vida parecia completa demais, e talvez tenhamos que quebrar tudo para construir algo melhor em nós mesmos.” - 53



Resenha | Vermelho, Branco e Sangue Azul (Casey McQuiston)

 Por Catharina Lima


Para nossa sorte, Casey McQuiston saiu da autoestrada I-10, em 2016, e teve um vislumbre de como seria mudar as configurações atuais e encaixar problemáticas reais, romance divertido e comédia inteligente.

É fácil resumir Vermelho, Branco e Sangue Azul, mas nenhum resumo seria o suficiente para explicar a excelência do livro. Trazido ao Brasil, pela Seguinte, selo da Companhia das Letras, a obra de estreia de McQuiston, acontece durante os meses anteriores a eleição de 2020 dos Estados Unidos, sob o ponto de vista do filho caçula da presidenta Claremont, Alex.

                                                      Casey McQuiston

Em meio as estratégias para ganhar a reeleição, a Primeira-Família dos EUA é convidada para o casamento do príncipe herdeiro da Inglaterra, irmão do arqui-inimigo de Alex. Durante o evento real, Alex e o segundo príncipe na linha de sucessão, Henry de Gales, se envolvem numa briga e acabam reforçando a atenção já caída sobre eles. Unidas, as assessorias americana e inglesa arquitetam uma fantasia onde os dois rapazes são melhores amigos, a fim de evitar uma crise entre as grandes potências e manter as aparências na mídia. Contudo, Alex odeia fortemente o príncipe e, por alguma razão, não consegue tirá-lo da cabeça desde a adolescência.

Seu mau comportamento não pode vir a prejudicar a mãe, então o primeiro-filho aceita as condições impostas e se aproxima do príncipe. A descoberta da própria sexualidade é, como esperado, confusa e surpresa. No entanto, a personalidade metódica do personagem ajuda a passar pelo momento de forma divertida e cautelosa.

Caso você, leitor, também se sinta familiarizado com a ambientação, é porque foi intencional a estruturada para ser semelhante a que já conhecemos, exceto alguns detalhes configurados. A presidenta Claremont seria Hillary Clinton, se tivesse vencido as eleições após a saída de Obama; e o príncipe Harry, com todas suas escolhas contrárias, é a referência modificada para Henry, quem também vive sob o governo da rainha-avó.

Apesar de, assim como eu, muitos não estarem em posição de opinar com propriedade sobre o romance LGBT tratado, a forma fluída e sensível da escrita de McQuiston aproxima o casal da realidade e ajuda a desconstruir pensamentos retrógrados; questões como a descendência mexicana de Alex e sua pele escura também são cuidadas com a mesma preocupação e anseio.

Cada personagem tem papel fundamental, além de um contexto e individualidades. Eles dão gás e vida aos capítulos, dinâmica e diversão. A família de Alex, o melhor amigo e a irmã de Henry, são a rede de apoio necessária a todo ser humano.


Equilibrado de forma justa, o livro se divide entre um ambiente político e o romance LGBT, enriquecido com diálogos e piadas sagazes que trazem leveza à obra. Quem gosta de séries e filmes políticos vai se surpreender com a facilidade em visualizar as imagens à medida que os olhos avançam os capítulos. A leitura rápida cumpre todas as promessas e deixa o peso da saudade.

Vermelho, Branco e Sangue Azul foi lançado no Brasil, inicialmente em 2020, e na oportunidade além de ser alvo de expectativa em seu pré-lançamento, chegou para garantir um estrondoso sucesso. Agora, em nova roupagem, a Edição de Colecionador se torna um presente para os fãs da McQuiston e um grande agradecimento da Editora Seguinte, que comemora seus 10 anos de criada. 

Resenha | O Idiota (Fiódor Dostoiévski)

 Por Camila Moura


Quando a Companhia das Letras, através do selo Penguin-Companhia, apresentou para os seus leitores uma nova edição do clássico, O Idiota, não tive dúvidas em embarcar nesta grande jornada (literalmente), afinal sempre tive curiosidade de ler uma obra deste grande escritor russo, Dostoiévski.

Essa foi a minha primeira experiência coma literatura russa, e confesso que me surpreendeu muito positivamente. Apesar de ser um livro grande, a leitura é muito fluida, com dramas que lembram muito as tramas das novelas das 9.

“Fiquei muito admirado quando o príncipe há pouco tempo, adivinhou que eu tenho “sonhos ruins”; ele disse literalmente, que em Pávlovsk os meus “sonhos e emoções” vão mudar. E por que os sonhos? Ou ele é médico ou, de fato possui uma inteligência fora do comum e é capaz de adivinhar muitas coisas.” (Mas que, no final das contas, é um “idiota”, disso não há a menor dúvida).

Na narrativa conhecemos o jovem príncipe Míchkin que sofre de epilepsia, razão que o afasta por anos de São Petersburgo para tratamento médico. Conhecido como idiota, nosso jovem príncipe possui qualidades que estão em escassez entre os membros da sociedade Russa. Assim, quando ele retorna para a cidade, acaba se envolvendo em triângulos amorosos da alta sociedade. O que acaba causando um choque cultural e ele faz amigos e inimigos poderosos.

“- Aqui, não há ninguém que mereça essas palavras! – Explodiu Aglaia. – Todos aqui, todos, não valem o seu dedo mindinho nem a sua inteligência nem o seu coração! O senhor é o mais honesto de todos, o mais nobre de todos, o melhor de todos, o mais bondoso de todos, o mais inteligente de todos! Aqui, há pessoas indignas de se abaixar e pegar o lenço que o senhor deixou cair, agora.... Para que o senhor se humilha e se coloca abaixo de todos? Para que o senhor desfigurou tudo em si mesmo, por que não há orgulho no senhor?”

Nessa narrativa publicada originalmente em formato de Folhetim, podemos notar como a busca por dinheiro é capaz de ultrapassar as barreiras da moralidade e faz com que as pessoas vivam de aparências.


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Citações | Em Busca de Mim (Viola Davis)


  • “Penso que seres humanos devem ter fé ou procurar uma fé, do contrário nossa vida é vazia. Viver e não saber por que os grous voam, por que as crianças nascem, por que há estrelas no céu... Você precisa saber por que está vivo, ou então nada faz sentido, tudo está apenas sendo levado pelo vento.” – 07
  • “Memórias são imortais. São imperecíveis e precisas. Têm o poder de dar alegria e perspectiva em tempos difíceis. Ou podem sufocar. Definir você de uma maneira que tem mais a ver com a percepção limitada das pessoas do que com a verdade.” – 16
  • “Apanhar o tempo todo faz você começar a sentir que está errado. Não que você fez algo errado, mas sim que é errado. Faz você ficar com muita raiva do seu agressor, aquele de quem você tem medo demais para enfrentar, então confronta o alvo mais fácil. Com esses, você pode. Até que seu coração se cansa...” – 59
  • “Perdoar é desistir de toda a esperança de um passado diferente. Dizem que a terapia bem-sucedida é quando você vive a grande descoberta de que seus pais fizeram o melhor que puderam com o que tinham disponível.” - 212

domingo, 16 de outubro de 2022

Citações | O Passeador de Livros (Carsten Henn)

 


  • “Dizem que os livros encontram seus leitores, mas às vezes é preciso que alguém lhes indique o caminho.” – 9
  • “- Cada dia mais pessoas estão lendo menos. No entanto, existem pessoas dentro das páginas. É como se cada livro contivesse um coração que só começa a bater quando é lido, porque nosso coração o impulsiona.” – 44
  • “- O caminho mais longo às vezes é melhor do que um curto.” – 78
  • “... as crianças têm esse poder de nos fazer enxergar quão velho somos, mas, talvez, elas também nos mostrem justamente quanto algo em nós sempre permanecerá jovem.” – 79
  • “- A diferença entre um romance com final feliz e um sem final feliz é apenas o ponto em que se para de contar a história.” – 95
  • “Quando não pensamos nas consequências, nas brigas que virão, nas feridas que carregaremos, ir embora é muito fácil. Basta dar um passo após outro para sair de uma casa, e também de um casamento.” – 170
  • “A fé é um exercício que demanda muito esforço diário, posto que a vida real tende sempre a contradizê-la.” - 172

Citações | O Desaparecimento de Josef Mengele (Olivier Guez)

 


Quem não sabe obedecer, nunca saberá comandar.